A importância do Retrofit para o desempenho de sistemas prediais

Postado em Facilities ,     em público maio 5, 2020

Por Prof. Esp. Alexandre Marcelo Fontes Lara

Profissionais que atuam ou mesmo estudam o tema “manutenção” já se depararam, certamente, com duas expressões bastante comuns: “Curva da Banheira” e “Ciclo de Vida de um Ativo.

Apenas a título de recordação, a curva da banheira, como é chamada, se resume na demonstração gráfica bastante utilizada quando abordamos o tema “engenharia de confiabilidade”, por justamente simbolizar a possibilidade de um maior número de falhas no início da vida útil de um equipamento ou instalação, período este denominado como “mortalidade infantil”, assim como também a tendência de um maior número de  falhas no período que antecede o término da vida útil de um equipamento ou sistema, cuja principal causa se atribui ao desgaste em peças e componentes deste sistema.

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Ao período compreendido entre estes dois extremos (mortalidade infantil e período de falhas por desgaste), se dá o nome de período de falhas constantes, ou seja, um período onde se terá como meta a manutenção de uma taxa contínua ou constante de falhas ou defeitos, com a aplicação de programas e controles na operação e manutenção , assim como de estratégias detalhadas pela engenharia de confiabilidade.

Já em relação ao que denomina-se como “Ciclo de Vida de um Ativo”, observa-se a identificação das principais fases da vida de um equipamento, sistema, ou mesmo de uma edificação, o que de certa forma representa cada uma das etapas na vida de um ativo entre a sua especificação/aquisição e a sua desmobilização/desmontagem ou modernização/retrofit parcial ou total.

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Observem que um ativo “nasce” ao ser especificado e solicitado para a compra, percorrendo as etapas de aquisição, implantação e comissionamento, operação e manutenção, retrofit parcial/total ou desmobilização.

Em ambos os gráficos, verifica-se a preocupação com o desgaste e com a eventual tomada de decisão para a realização de um processo de modernização, ou se preferirem, de um retrofit, assim como para a realização de um simples processo de reposição deste ativo por outro de iguais características técnicas.

Esta preocupação se deve a necessidade deste ativo “desempenhar” a sua função, conforme previsto no projeto original ou no projeto “conforme construído”. É evidente que esta linha do tempo diferirá entre tipos de ativos, ou até mesmo entre ativos iguais, que podem ou não ter recebido um mesmo tratamento. A tomada de decisão passará por análises quanto ao histórico da operação e manutenção do ativo, da viabilidade econômica em realizar ou não novos aportes, de resultados da análise de falhas, suas causas e efeitos, entre outros.

Isto quer dizer que, poderemos sim nos deparar em um dado momento, com a necessidade de decidirmos o que será feito com um ativo ao término de sua vida útil prevista. Importante ressaltar que tal análise deverá estar embasada em um rigoroso controle de resultados ao longo desta mesma vida útil, o que nos permitirá uma tomada de decisão sem “sustos”.

Por esta razão, deve-se sempre estar atento ao mercado e aos produtos por ele disponibilizados (recursos, automatismos, precisão, manutenibilidade, entre outros), além de conhecer as mais indicadas estratégias de análise e planejamento para um retrofit parcial ou total em suas instalações.

A reposição de um equipamento ou mesmo de um sistema precisará atender as necessidades e/ou especificidades do cliente interno ou externo que se utilize ou se aproveite dos resultados promovidos pela instalação “sob judice”. Deve-se pontuar questões como:

  • Desempenho e produtividade, incluindo o desempenho energético
  • Manutenibilidade
  • Flexibilidade (no que se refere a mudanças durante o seu uso)
  • Vida útil prevista
  • Custos operacionais e de manutenção
  • Disponibilidade/taxas de falhas
  • Entre outros…
O profissional gestor deverá manter-se sempre atualizado, o que lhe possibilitará um maior sucesso em suas decisões futuras.
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